Em busca da face perdida

Karen Muniz Feriguetti (UFES)

 

As pesquisas que privilegiam os espaços sociais e a abrangência da inserção da imagem nesses espaços por meio da língua configuram-se o foco de muitos estudos na Lingüística Contemporânea, especialmente na área da Pragmática os estudos têm alcançado importante papel e consideráveis pesquisas e exercícios de análise têm sido empreendidos nessa área. Assim, no que concerne à área da Pragmática, este trabalho engloba, do ponto de vista teórico, a Teoria da (Re)presentação nos espaços sociais, desenvolvida por Goffman (1975), de base sócio-antropológica, enfocando mais especificamente a formação da imagem para a apresentação social e a formação da impressão no nível sócio-cultural, para a convivência nos espaços sociais e nas diversas situações em que os atores estão envolvidos. Aborda também, juntamente com a Teoria de Goffman (1975), o escopo teórico tomado à Polidez de Brown & Levinson (1982), no que concerne aos conceitos de face negativa, face positiva e polidez. Com a junção desses dois escopos teóricos se encetará a ampliação das noções da formação de impressão pelos atores sociais (explanada em Goffman), que aliadas ao delineamento de face e polidez (desenvolvidas em Brown & Levinson), apontam para o todo expressivo que compõe os indivíduos. Ancorados nesse binômio, pretende-se analisar do ponto de vista da Pragmática, com enfoque nas teorias da representatividade que lhe dão suporte, a crônica “Homem que é homem” de Luís Fernando Veríssimo, avaliando-se as marcas lingüísticas contidas no texto, do ponto de vista da formação da imagem e da elaboração de face, para gerar o humor, produzindo o improvável e o bizarro.

 

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