Eu-não-eu: o sujeito na sermonística de Vieira

Kellen Dias de Barros (UERJ)

 

Levando-se em conta o contexto sócio-político do século XVII, é possível atestar, nos sermões de Antonio Vieira, uma profunda adequação a modelos estéticos rígidos, explicitados numa minuciosa utilização dos recursos retóricos, tão difundidos no período; assim como um agudo respeito aos ideais cristãos, ainda bastante ligados a um modelo filosófico medieval, baseado especialmente em Agostinho e Tomás de Aquino.

Sendo assim, analisamos a tensão existente entre o sujeito que fala, que se expõe no sermão, como o porta-voz divino, e o controle operado pela igreja sobre o discurso de Vieira, através da análise do conceito de livre-arbítrio que, desde os primórdios dos estudos cristãos, revela a problemática da relação entre a onipotência divina e a “liberdade” dos homens.

 

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