Gonzalo Armán, um poeta em três línguas

Aderaldo Luciano dos Santos (UFRJ e FGS)

 

O poeta galego Gonzalo Armán na abertura de seu livro Anacos d’alma, no poema Exilio, confessa à pátria, pela voz arrastada de um eu-lírico saudoso, “Exileime de ti, por propia escolla”. Obedecendo à língua galega, essa que lhe dá identidade, que o marca no mundo, traça seu caminho de auto-exilado, fugindo, talvez da Guerra Civil espanhola e embrenha-se pelos becos de um Brasil de sonhos. Confundido com os espanhóis imigrantes, faz questão de diferençar-se pela língua: “Neniño que vas á escola/ ai que peniña me dás,/ che ensinan grego e latín/ e tamén o castelán,/ o idioma galego/ ninguén cho cho quere ensinar.” O percurso trilíngüe desse rico poeta, amante dos livros, cantor de quimeras e retratista social é o tema do trabalho que se vai apresentar.

 

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