o discurso da memória
no romande brasileiro contemporâneo
(década de 90
).

Regina Pentagna Petrillo (USS)

 

O mito de Mnemósine narra como a memória está presente nas manifestações artísticas. De fato, as falas da memória percorrem a literatura de todos os tempos. Na ficção brasileira, a memória é um tema recorrente que se apresenta em formas variadas e com objetivos diversos: memoriais, diários, confissões, autobiografias, memória de personagens, memória individual, memória coletiva; lembrar para testemunhar, para convencer, para buscar entender o que foi e o que ainda virá, ou simplesmente para não esquecer. Na modernidade tardia as pessoas foram forçadas a lidar cada vez mais com a descartabilidade, a novidade e a perspectiva da absolência instantânea de modas, produtos, técnicas, idéias, valores e práticas estabelecidas. Neste cenário veloz e volátil, em que nunca foi tão presente a sensação de que “tudo que é sólido se desmancha no ar”, o império é do agora. Esta comunicação pretende analisar no romance brasileiro contemporâneo o discurso da memória (construções e desconstruções) instaurado pela modernidade tardia.

 

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