Políbio como modelo epistemológico
de Marcos Reniéris

Breno Battistin Sebastiani (DLCV-FFLCH-USP)

 

                Autor de um ensaio intitulado Filosofia da história, o grego Marcos Reniéris (1815-97) introduz no nascente pensamento historiográfico de seu país conceitos da epistemologia da história tal qual desenvolvida por G. Vico na Scienza nuova. A fim de fundamentar uma interpretação da história de inspiração trinitária por sua partição interna (Indivíduo – Povo – Indivíduo+Povo) e unificadora por sua teleologia (a almejada demonstração da dialética Indivíduo+Povo ou Unidade na Variedade) o filósofo insere em suas reflexões elementos da liturgia ortodoxa bem como da análise de possíveis predecessores. Dentre estes, o historiador megalopolitano Políbio (III-II a.C.) é citado como o primeiro antigo a ter vislumbrado a possibilidade de uma “ciência da história”, exatamente por haver centralizado sua narrativa em torno de um tema unificador e universal (o estabelecimento do poderio romano sobre todo o mundo habitado à sua época) trabalhado a partir de uma metodologia específica para sua conveniente apreciação. Esta comunicação busca destacar os elementos que constituem as bases da leitura de Políbio por M. Reniéris (a questão da necessidade de uma história universal derivada da necessidade de explicar um fenômeno político de tal magnitude) discutindo a significação deste historiador antigo para a historiografia grega romântica.

 

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