Reflexões
sobre o problema da língua italiana
em textos literários antigos

Alcebíades Martins Áreas (UERJ)

 

O estudo de textos em italiano antigo, em especial os medievais, tem apresentado uma certa dificuldade de leitura, resultando em menor – e às vezes falha – apreensão semântica, estágio essencial para a leitura crítica literária. Para que tais deficiências, provocadas por uma série de especificidades lingüísticas herdadas do latim, sejam amenizadas, refletimos sobre a possibilidade de um projeto consagrado à atualização do referido material, acrescido, porém, de leitura crítica. De início centrado na Idade Média, deverá ser ampliado para os séculos posteriores, com o objetivo de facilitar, pela decodificação da língua, o acesso à percepção da Linguagem, ou seja, o trabalho da língua voltada para a função criativa.

Esse artigo visa, portanto, discutir a importância e a necessidade de atualização de textos basilares para a cultura e literatura italianas, não só medievais, mas de outros períodos, o que implica primeiramente em obras líricas de, entre tantos nomes: San Francesco d’Assisi, Jacopone da Todi, Jacopo da Lentini, Giacomo Pugliese, Guido delle Colonne, Guittone d’Arezzo, Guido Cavalcanti, Guido Guinizzelli, Dante Alighieri, Francesco Petrarca. Além da lírica, focalizaremos nosso interesse ainda no gênero narrativo, por isso, incluem-se no corpus do projeto o anônimo Novellino, composto em fins do século XII, além de algumas elaboradas novelas do Decameron, de Giovanni Boccaccio, obra emblemática, já representativa do trecento italiano.

 

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