UNIVERSIDADE: FUNÇÕES E DISFUNÇÕES

Carmem Lúcia Pereira Praxedes (UERJ e UEZO)

 

A Universidade é uma das instituições que mais se mantém no decorrer dos séculos.

Os  movimentos de que é originária seguem modelos tão rigorosos uanto os da Igreja.

Mas o que faz suas características estruturais e relacionais atravessarem os séculos?  A necessidade de firmar políticas em solo fértil. E existiria solo mais fértil do que este que congrega alunos, técnicos e professores?  Os primeiros em busca do saber-fazer, os segundos envoltos no dever-fazer e os terceiros crédulos em um saber-fazer-saber.

Este trabalho vincula-se à tese intitulada Sociossemiótica do discurso burocrático universitário – o caso da UERJ (PRAXEDES:2002), que foi desenvolvida numa abordagem  lingüístico-semiótica. O diagnóstico ao qual chegamos na tese foi o de que as práticas institucionais são movimentadas pelos processos históricos e socioculturais que são altamente manipulados pelo poder econômico e político. Isto nos permite apontar continuadamente as ocorrências de  disfunções no trabalho universitário, que são  produzidas pelos feudos de poder controladores  das universidades, direta ou indiretamente.  Uma das  perguntas que advém desta análise é exatamente aquela que é retomada no dia a dia universitário: existirá autonomia universitária?

 

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