NOTAÇÕES ORTOÉPICAS E ORTOGRÁFICAS
NA SELETA (CLEMENTE PINTO):
UMA ABORDAGEM HISTORIOGRÁFICA

Miguél Eugenio Almeida (UEMS)

 

Considerações iniciais

Trabalhamos as notas de rodapé, que nos parecem significativas, sob o aspecto da ortoepia e da ortografia ocorrentes na Seleta em prosa e verso: dos melhores autores brasileiros e portuguezes, de Alfredo Clemente Pinto (1854 - 1938). O procedimento de análise da pesquisa é feito mediante a confrontação das respectivas notas de rodapé dela, inicialmente, com a sua gramática A Língua Materna:Primeiro e Segundo Anno de Grammatica – 2º Curso (1907); após, fazemos o mesmo com a Grammatica Expositiva: Curso Elementar (s.d.), de Eduardo Carlos Pereira; para, finalmente, estabelecermos um paralelo com a posição atual da Moderna Gramática Portuguesa (2005), de Evanildo Bechara. A Historiografia Lingüística compreende o método de abordagem desta pesquisa. Assim, orientamo-nos basicamente pelos princípios metodológicos de Koerner (1996).

Ao realizarmos o trabalho de inventariar as ocorrências ortoépicas e ortograficas e suas correspondentes descrições nas obras de gramática de Alfredo Clemente Pinto e Eduardo Carlos Pereira, estamos, notadamente, indo ao encontro de uma metalinguagem aí presente e, por sua vez, orientamo-nos pelo princípio da imanência da Historiografia Lingüística que compreende segundo o historiógrafo Koerner (1996, p.60), a apropriação conceitual dos elementos imanentes do texto histórico. É a partir deles que o historiógrafo da língua irá explicar os fatos lingüísticos, ou melhor,“[buscar o] entendimento completo, tanto histórico quanto crítico, possivelmente mesmo filológico, do texto”. A fonte, assim, revela umas epistemologias próprias, adequadas ao texto em questão que mostra internamente o seu aparato teórico possibilitando a descrição e/ ou explicação dos fatos lingüísticos.

O que está aí caracterizado é o aspecto interno da língua. É a língua revelando a própria língua por meio de sua sistematização gramatical, ou melhor, no contexto interno que se expressa a escritura textual. Assim, podemos deduzir diretamente pela análise todo o inventário dos elementos lingüísticos possíveis que, por si só, abarcam uma teorização imanente. A teoria – metalinguagem -, no caso, está implícita na própria organização da língua em um contexto expresso (texto).

A imanência está presente em nosso trabalho quando abstraímos as noções presentes nas obras de C.P. e E.C.P. Essas noções compõem o quadro teórico da metalinguagem e, por si só, apontam regras e, em alguns casos, explicam/ descrevem as ocorrências da língua.

Em outro momento da realização do desenvolvimento de nosso trabalho, contrastamos a posição das ocorrências ortoépicas e ortográficas nas obras de gramática dos dois primeiros autores (A.C.P. e E.C.P.) com a respectiva posição da Moderna Gramática Portuguesa (Bechara) onde estamos sendo direcionados pelo princípio da adequação da Historiografia Lingüística que trata aproximação teórica  entre o passado e o presente, ou melhor, explicita os elementos conceituais que permanecem entre o passado e o presente e os elementos novos que surgem[1]. Assim, poderemos perceber as nuances dos modelos teóricos da continuidade e da descontinuidade. A continuidade, como o próprio termo infere, compreende o que permanece entre o passado e o presente; e a descontinuidade, ao contrário, refere-se ao que difere, a partir de elementos novos que surgem entre o passado e o presente. Todavia, é por meio do confronto do modelo teórico descritivo e explicativo entre o passado e o presente que percebemos as mudanças ocorridas lingüisticamente. São elas que marcam historicamente os fatos lingüísticos.

A adequação, desse modo, pode funcionar como dois espelhos que refletem o mesmo objeto em momentos históricos distintos. É a partir de uma observação comparativa que podemos perceber as nuances sutis, principalmente, de elementos ora presentes, ora ausentes em um quadro determinado pela forma de apresentação textual da língua.

A adequação, em nosso trabalho, ocorre quando comparamos as ocorrências nas gramáticas (C.P. / E.C.P. e Bechara). A comparação, no caso, com a gramática do autor da atualidade – Bechara – incide, principalmente, no sentido de fazer a atualização das abordagens das ocorrências gramaticais.

Assim, dividimos este trabalho em duas partes: ortoepia e prosódia; ortografia.

 

Ortoepia e prosódia

Destarte, a Seleta apresenta-nos, em notas de rodapé, orientações que traduzem a pronúncia e a ortografia da época (final do século XIX e meados do século XX). Assim, trata da ortoépia e da ortografia sem designá-las. Com essas notas, C.P. tem a preocupação de mostrar o “padrão da oralidade” e o “padrão de escrita” da época. O padrão ortográfico da Seleta corresponde ao período da ortografia moderna da língua portuguesa, a partir de 1911, referente ao exemplar de que dispomos (1928), porém não corresponde à forma da escrita, período pseudo-etimológico. A seguir, apresentamos as ocorrências ortoépicas:

1)[2] Deve-se pronunciar: pêsa-me e não pésa-me (p.16). 3) Resoavam – pronuncia-se: ressoavam (p.27). 0) Redargüiu – pronuncia-se: redargu-íu (p.33). Antonio Wirtz1) Esta palavra pronuncia-se Virtz[3] (p.54). 1) pégadas – pronuncia-se com e aberto e o primeiro acentuado (p.93). 1) Tramways – palavra ingleza, lê-se tramueis[4] - bondes (p.189). 1) E’xodo – pronuncia-se eisodo (p.195). 2) Presagiar – pronuncia-se pressagiar (p.196). 1) lichens – pronuncia-se líquens[5].  (Clemente Pinto, 1928: 327).

Relativamente a esse fato lingüístico – ortoepia –, A Língua Materna: 2º Curso[6] traz-nos poucas linhas; vejamos: “A parte da lexicologia que ensina a pronunciá-las [as palavras] corretamente chama-se Prosódia ou Ortoépia” (p.07). Percebemos aqui, conforme o que foi dito anteriormente, a não distinção entre prosódia e ortoépia. Mais adiante, a gramática de C.P. orienta o leitor sobre o seu aprendizado: “[...] a prosódia, ouvindo as pessoas cultas que falam corretamente e consultando os dicionários”[7] (ibid.). A fala correta das pessoas cultas e as consultas de dicionários constituem as fontes de conhecimento para quem quer apreender prosódia.

A Gramática Expositiva: Curso Elementar (E.C.P.), sobre o assunto, destaca implicitamente o aspecto fonológico da prosódia[8], quando afirma: “Prosódia é a parte da Phonologia que estuda a boa pronúncia das palavras, bem como os phonemas combinados na sua formação” (p.15). Podemos perceber, desde então, o estado implícito da compreensão do fonema como unidade fonológica, ou seja, unidade de traços distintivos que permite a comunicação entre os falantes da língua. Assim, essa gramática, também, recomenda, ao aprendiz, as fontes para o aprendizado da prosódia:

A boa pronúncia das palavras apprende-se principalmente na convivência de pessoas bem falantes e com o socorro de um bom diccionário prosódico. A prosódia é uma parte eminentemente practica, e pequeno é o auxílio que lhe pode prestar a gramática[9] (PEREIRA, [s./d.]: 15).

Notadamente, observamos que o “bom uso” da pronúncia vem da boa prática comunicativa e do auxílio de dicionário em questão. Não descartamos outras práticas para o aprendizado da prosódia, como intui o gramático, por exemplo: a arte declamatória e a oratória (hoje aplicada ao teatro, cinema, televisão).

Bechara (2005) trata, distintamente, a questão da ortoépia, em relação à questão da prosódia. Para ele:

Ortoépia é a parte da gramática que trata da correta pronúncia dos fonemas.

Preocupa-se não apenas com o conhecimento exato dos valores fonéticos dos fonemas que entram na estrutura dos vocábulos, considerados isoladamente ou ligados na enunciação da oração, mas ainda o ritmo, a entoação e expressão convenientes à boa elocução (Bechara, 2005: 76).

Depreendemos que a boa ortoépia trata da pronúncia dos fonemas da língua padrão. Vejamos alguns exemplos do autor citado: são fechadas as vogais nasais (...) em –amos e -emos  do pres. e pret.perf. do indicativo da 1ª e 2ª conjugação (id.).

Quanto à prosódia, A Moderna Gramática Portuguesa destaca o seguinte:

Prosódia é a parte da fonética que trata da correta acentuação e entoação dos fonemas.

A preocupação maior da prosódia é o conhecimento da sílaba predominante, chamada tônica (p.84).

Observamos, aqui, duas observações pertinentes às gramáticas de C.P. e E.C.P. e contrastamo-las com a posição de Bechara, no espaço de tempo compreendido: 1. Bechara faz nítida diferença nocional entre prosódia e ortoépia; 2. o que C.P. e E.C.P. denominam prosódia é, para Bechara, o estudo da correta acentuação e entonação dos fonemas. Isso não significa que haja uma disparidade enorme, porque ambos estudos ─ ortoépia e prosódia ─ tratam da realização dos fonemas da língua, porém em âmbitos diferentes: ortoépia relaciona-se à articulação correta dos fonemas e a prosódia aos movimentos de maior ou menor intensidades e maior ou menor altura (freqüência) dos fonemas articulados e específicos para cada palavra da língua no enunciado. Portanto, há uma inter-relação bastante próxima entre elas. Justificamos tal distinção pelo advento dos muitos estudos lingüísticos que subsidiam, sobremaneira, a reformulação das gramáticas.

 

Ortografia

Quanto à ortografia, a Seleta apresenta as seguintes ocorrências de palavras que mesclam a ortografia do período pseudo-etimológico e do período moderno da língua portuguesa:

2) ombro é a graphia correta e não hombro; do mesmo modo deve-se escrever: exuberante, ontem, póstumo, systema, teor, Teresa, Tiago (p.60). 1) terremoto ou terramoto (p.111). 1) Ramalhete ou ramilhete (p.155). 2) musulmana – a fórma mais usada hoje é muçulmana (p.188). 4) destrinçou e não destrinchou[10] (p.252). 1) docel – a graphia correta é dossel (p.353). 6) Achilles e não Achylles (p.397).

C.P. apresenta o estudo da ortografia em A Língua Materna: 1º Curso (s./d.) e não, como esperávamos, em A Língua Materna: Primeiro e Segundo Anno de Grammatica - 2º Curso[11] (1907). Destarte, a gramática I contempla as regras ortográficas, nos seguintes casos:

1.ditongos em finais de palavras, quer os terminados em ã e não an ,quer os terminados em eu, quando o e é aberto (p.07); 2. o ç (c cedilhado) só se emprega antes do a,o,u; nunca antes de e ou i; 3. Nunca se começa a palavra por c, mas sim por s (p.27); 4. O c, como na palavra casa, só se emprega antes de a, o, u: antes de e e i emprega-se qu; ex.: carro, cova (...) (p.44); 5. O G com o valor de gue,só se emprega antes a, o, u, como em gato, gozo, gula; antes de e  e i – emprega-se guguerra, guizo; 6. O G valendo je, só se emprega antes de e e i; antes de a, o, u emprega-se j (p.56); 7. Representam-se os sons nasais com am, em, im, om, um antes de b, p; nos outros casos representam-se com na,em, in, on, um; 8. No fim das palavras representam-se estes sons por ã,em, im, om, um (...) (p.82); 9. No princípio das palavras escreve-se em geral ch (...); 10. No meio das palavras escreve-se x depois de ditongo ou do som nasal em em (...)[12] (p.133).

Percebemos, assim, que as ocorrências ortográficas da Seleta não contemplam as regras ortográficas da gramática I, já que as da gramática I vêm complementar o que não está no referido livro de leitura. Vimos que a preocupação de C.P. é chamar atenção do leitor para aquelas grafias que representam possíveis dúvidas.

E.C.P., em sua gramática, acrescenta não só o conceito de ortografia, mas também a indicação das fontes para a aquisição do conhecimento ortográfico[13], abordando-as com mais riqueza de regras e de exceções. A seguir, tomamos um exemplo que ilustra muito bem a forma de abordagem da regra ortográfica e sua respectiva exceção, em um contexto do período pseudo-etimológico da língua portuguesa:

4ª. Dobram-se, em geral, as consoantes nas palavras que começam por:

ac   accorrer, accomodar

ad   adderir, adduzir

af    affirmar, affeição

ag    aggravar, aggredir

at     attenção, attribuir

im    immortal, immutavel

ap   apparecer, approvar

ef    effeito, efficaz

dif   diffundir, difficil

oc    occasião

of     offerecer, offense

sug   suggerir, suggestão

op   opportuno, oppor

col  collega, collaborar

suf  sufficiente, suffocar

sup  supplicar, supplicio

il      illuminar, illegal

EXCEPTUAM-SE:
oculto, opinião, opaco, operar, afogar, imagem, imitar, e seus derivados (p. 21).

Diante do exposto, percebemos que não há uniformidade das abordagens na apresentação das regras ortográficas entre a gramática I e a Gramática Expositiva: Curso Elementar.

Bechara (2005) declina vinte e três letras (23) fundamentais do alfabeto português e acrescenta mais três letras dos casos especiais (k, w, y). Com relação a C.P., o quadro das letras fundamentais permanece no mesmo espaço de tempo a que nos referimos; contrariando, deste modo, o quadro dos grafemas em E.C.P. que lista vinte e cinco (25) letras[14].

No cenário moderno ortográfico, Bechara (2005) aponta-nos o /ř/ (vibrante múltipla) e /s/ (sibilante), na regra VI – Letras dobradas,  o seguinte:

21) Escrevem-se rr e ss quando, entre vogais, representam os sons simples do r e do s iniciais; e cc ou quando o primeiro soa distintamente do segundo: carro, farra, massa, passo; convicção, occiptal etc.

22) Duplicam-se o r e o s todas as vezes que há um elemento de composição terminado em vogal se segue, sem imposição do hífen, palavra começadapor uma daquelas letras: albirrosado, arritmia, altíssimo, derrogar, prerrogativa, pressentir, sacrossanto, etc. (p.95).

Não pretendemos mostrar exaustivamente, aqui, a mudança ortográfica entre o período pseudo-etimológico e o período moderno na ortografia da língua portuguesa. Como sabemos, houve muitas reformas ortográficas nesse ínterim. Ilustramos, a partir da Seleta, como algumas grafias pseudo-etimológicas, por exemplo, passaram para a grafia moderna que se iniciaram na 38ª. ed. dessa e que perpetuam até o momento atual, como por exemplo: a perda do h em ombro, ontem, póstumo, teor, Teresa e Tiago, mas mantém-se em um número expressivo de ocorrências a ortografia pseudo-etimológica. Atentamos, assim, para o que afirma Bechara (2005), na regra 14 e 15:

14) Quanto a etimologia o h não justifica, não se emprega: arpejo (substantivo), ombro, ontem,etc. E mesmo que justifique, não se escreve no fim de substantivo e nem no começo de alguns vocábulos que o uso consagrou sem este símbolo, andorinha, erva, felá, inverno, etc.

15) Não se escreve h depois de c (salvo o disposto em o nº 12) nem depois de p, r e t: o ph é substituído por f, o ch (gutural) por qu antes de e ou i e por c antes de qualquer letra: coreografia; cristão, querubim; química; farmácia; fósforo; retórica; ruibarbo; teatro; turíbulo; (p.94).

Outra regra importante a considerar é a 16 que diz respeito ao desfazimento das consoantes geminadas e das consoantes não articuladas, do período pseudo-etimológico:

16) Não se escrevem as consoantes que se não proferem: asma, assinatura,ciência, diretor, ginásio, inibir, inovação, ofício, ótimo, salmo, e não asthma, assignatura, sciencia, director, gymnasio, inhibir, inmovação, officio, optimo, psalmo (p. 94).

Notamos que as regras ortográficas do período moderno rompem definitivamente com o período pseudo-etimológico da língua portuguesa mantidas em um número bastante expressivo na Seleta. A respeito disso, Carvalho (2005, fl.2) afirma o seguinte: “No século XIX, a ortografia no Brasil estava no mesmo estado que em Portugal. Pode-se dizer que havia unidade... no caos”. Isso nos remete o não entendimento geral dos intelectuais concernente à ortografia daquela época. Mais adiante, o autor esclarece-nos sobre o que ocorre com a reforma ortográfica em meados do século XX:

O projecto da Academia Brasileira de Letras de 1907 acabou por não ir por diante e, por outro lado, Portugal cometeu o absurdo erro de avançar sozinho para a reforma. Assim, e apesar de a reforma portuguesa ser defendida sem alterações, para uso no Brasil, por filólogos brasileiros do calibre de Antenor Nascentes e Mário Barreto, o certo é que, durante alguns anos, ficaram os dois países com ortografias completamente diferentes: Portugal com uma ortografia moderna, o Brasil com a velha ortografia pseudo-etimológica (Carvalho, id., ibid.).

Assim, passamos a entender o uso da ortografia pseudo-etimológi-ca inscrita nas obras de Clemente Pinto e Eduardo Carlos Pereira.

A Moderna Gramática Portuguesa (Bechara), no entanto, segue as normas ortográficas, deste modo, descritas:

O Acordo Ortográfico Luso-Brasileiro de 1943 fixou a acentuação gráfica em 16 regras e 17 observações.

Agora, a Lei 5.765, de 18 de dezembro de 1971, veio simplificar esse conjunto, com a abolição de duas regras (a do acento diferencial de timbre e a do acento grave e circunflexo nas sílabas subtônicas) e duas observações (Luft, 1979: 01).

Diante da afirmação acima, a gramática de Bechara (2005) é orientada pelo padrão ortográfico vigente em nosso tempo atual.

 

Considerações finais

Diante do exposto, percebemos que há, no caso e essencialmente, uma continuidade, e não descontinuidade, do modelo teórico normativo/ descritivo entre as obras de gramática dos autores Alfredo Clemente Pinto, Eduardo Carlos Pereira e Evanildo Bechara. Neste último, verificamos, com relação ao primeiro e o segundo autor de gramática, a adição de elementos novos que vêm descrever/ explicar com um maior detalhamento e profundidade as ocorrências-base nas gramáticas em questão. Entendemos este fato devido à evolução norteada pelos estudos científicos da linguagem e da língua portuguesa nesse ínterim.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BECHARA, E. Moderna Gramática Portuguesa. 37. ed. ver. E ampl. 15ª reimpressão. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.

CARVALHO, M.M. História da ortografia em Portugal e no Brasil. In www.dha.inec.pt/npe/português/páginas_pessoais/MMC/Ortografia.html (acesso em 20/03/2005).

CLEMENTE PINTO, A. A Língua Materna: 2º Curso – Primeiro e Segundo Anno de Grammatica e Exercícios Preparatórios de Composição. Porto Alegre: Selbach & Mayer, 1907.

––––––. A língua materna: 1º Curso. 34ª ed. revista e melhorada. Porto Alegre: Selbach, [s.d.].

––––––. Seleta em prosa e verso dos melhores autores brazileiros e portuguezes. 38ª ed. Porto Alegre: Livraria Selbach, 1928.

LUFT, C. P. Novo guia ortográfico. 8ª ed. Porto Alegre: Globo, 1979.

KOERNER, K. Questões que persistem em Historiografia Lingüística. In: Revista da ANPOLL, nº 2, p. 45-70, 1996.


 

[1] Quando o modelo descritivo e explicativo da língua é bastante diferenciado do modelo precedente, estamos diante de um novo paradigma, como no caso do Estruturalismo e do Gerativismo.

[2] O número corresponde ao da nota de rodapé da Seleta.

[3] Observamos em C.P., na condição de prof. de alemão, a preocupação em registrar a ortoepia na língua alemã.

[4] C.P. observa a ortoepia inglesa.

[5] A forma da escrita, para a pronúncia em questão, já introduz a mesma (palavra) ao período moderno da ortografia.

[6] O dado seguinte é da 18. ed. Assim, a 1. ed. não o contempla.

[7] Idem nota nº 9.

[8] E.C.P. denomina prosódia e não ortoépia quando trata do estudo da pronúncia correta.

[9] A ortografia pseudo-etimológica faz-se presente na gramática de E.C.P.

[10] A forma destrinçou (sibilante) era considerada a “forma padrão” que deu lugar a “forma não-padrão” destrinchou (palatizada).

[11] Passamos, por ora, denominá-la gramática I  para A Língua Materna: 1º Curso e  gramática II para A Língua Materna: 2º Curso.    

[12] Agrupamos e ordenamos, aqui, todas as regras ortográficas da gramática I, para facilitar a sua leitura, pois estavam dispersas em toda a obra.

[13] Apresenta-as em nota.

[14] Ele acrescenta o k e o y com as demais em comum com C.P.