190 ANOS DO MÉTODO HISTÓRICO-COMPARATIVO

Leonardo Samu (UERJ e UNISUAM)

 

Visamos, com este trabalho, focalizar os pontos referenciais da história da lingüística, tendo como ponto de partida o método histórico-comparativo. A partir deste modelo investigativo das línguas, tão difundido no século XIX, tentaremos expor os fatos históricos que levaram os primeiros interessados nos estudos das línguas a desenvolver e seguir uma forma de estudo pautada em um modelo racional e científico da pesquisa lingüística. Para tanto veremos, desde o século XVI, as observações dos mais diferentes cientistas, ou mesmo interessados leigos, na constituição de bases sólidas e racionais que tentassem esclarecer, sobretudo, o parentesco comum entre idiomas de larga tradição literária, tais como o grego, o latim e o sânscrito. Partindo destas observações, tentaremos mostrar os principais fatos históricos ocorridos nos séculos XVII e XVIII que trariam conseqüências significativas para o pensamento lingüístico do século XIX, fazendo surgir, em 1816, o método histórico-comparativo, método este de grande importância para o pensamento lingüístico atual mesmo após 190 anos de criação.