A PRODUÇÃO ESCRITA EM LÍNGUA INGLESA
E OS GÊNEROS TEXTUAIS:
TECENDO ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

Amanda Rocha Cidri (UFRJ)
Evelyn Cristina Marques dos Santos (UFRJ)

 

Por se entender que o CLAC (Curso de Línguas Aberto à Comunidade), projeto de extensão universitária sediado na UFRJ, se constitui como um espaço alternativo que tem por objetivo ser um oficina de prática reflexiva para os monitores nele envolvidos, visamos, neste trabalho, a análise da produção escrita de alunos de inglês I a partir dos temas de redação propostos.

Penny Ur (1996) parte do pressuposto que a produção escrita é uma habilidade aprendida e não adquirida. Sendo assim, implica uma organização discursiva à parte, com sua lógica e convenções próprias. É neste contexto que se abre espaço para a inserção do conceito de gênero textual como um princípio norteador na composição de qualquer produção escrita. Marcuschi (2005) os define como “entidades sócio-discursivas que surgem emparelhados a necessidades e atividades sócio-culturais”. Sua natureza essencialmente comunicativa implica um conhecimento de práticas discursivas que não podem ser assimiladas intuitivamente.

Assim sendo, este trabalho se divide em duas etapas: (1) análise de temas de redação das provas a fim de verificar de que forma estão em conformidade com a noção de gênero textual; (2) análise da produção dos alunos propriamente dita. A partir daí, procura-se verificar se a qualidade dos textos está atrelada à qualidade dos temas propostos.  Com esse procedimento, pretendemos trazer uma crítica construtiva sobre o tratamento que tem sido dado a esta habilidade comunicativa no ensino de língua estrangeira, em particular o inglês.