Linguagem
entre a subjetividade e a sociabilidade
do dito e não-dito de Macabéa

Miriam Bastos Barbosa (UENF)
Rita de Cássia Mota Ribeiro (UENF)
Luciane Stefanato Negrini (UENF)
Sérgio Arruda de Moura (UENF)

 

Este artigo apresenta uma reflexão sobre a natureza sociocognitiva da linguagem, considerando que na realização de algumas atividades, o ser humano utiliza  as “palavras”como um preenchimento social, sendo esse o seu principal objetivo. Nesse caso, poder-se-ia dizer que a linguagem não é puramente o resultado de uma reflexão cognitiva, mas sim de um “acordo” entre ambiente e sujeito. A linguagem aqui não é um processo resultante da representação de um mundo e de uma mente na base de uma história das diversas ações que um ser executa. A linguagem é, sim, um fenômeno social de interação verbal realizada através da enunciação ou das enunciações, Bakhtin (1929). Nesse ínterim,  a linguagem assume a sua primazia no campo social, cumprindo um papel psicossocial com função lingüística. “É um processo em que o discurso, sob a forma de um diálogo, estabelece uma colaboração entre indivíduos.” Benveniste (2006: 88-89).