LINGÜÍSTICA
E FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO

Sérgio Arruda de Moura (UENF)
Kátia R.d De S. Ponciano (UENF)
Elaine G. da S. Reis (UENF)
Edilaine S. de Souza (UENF)
Rafaela P. Do Espírito Santo (UENF)

 

A implantação e avaliação de políticas de ensino de línguas, com base na Lingüística, é uma necessidade hoje na escola, por conta do desenvolvimento daquela como ciência que aborda a língua pelo critério variacional, portanto, político. O professor deve orientar sua prática dentro deste critério e não apenas pelo critério puramente normativo. Tanto professores quanto pedagogos necessitam, nestes termos, de uma orientação teórica adequada para encaminhamento de solução de problemas concernentes ao uso da língua como instituição social entre seus alunos. Percebemos que esta intervenção nem sempre se efetiva na realidade histórica da escola. Um dos obstáculos diz respeito a exigências  de formação normativa pela escola ao julgar o « bom falante » pelo critério da « langue » e não da « parole », isto é, pelo maior ou menor conhecimento das normas da língua culta. Ignoram, assim, o uso social e funcional da língua e orientam o conhecimento da língua pela inculcação da gramática ideológica. Estes, a nosso ver, constituem entraves ao desenvolvimento da língua como prática sócio-interativa. A escola deverá ser orientada a motivar a discussão, o planejamento e a implementação de metodologias específicas no campo dos usos sociais da linguagem para a formação cidadã de jovens e crianças bem como para a formação continuada de professores.