ORAÇÕES CORRELATAS

Ivo da Costa do Rosário (UERJ-FFP/UFRJ)

 

É patente nos estudos lingüísticos uma provável inadequação teórica no que tange à dicotômica divisão dos períodos compostos em subordinados e coordenados. Pelo menos há algumas décadas, verificamos que alguns autores propõem a existência de não apenas dois processos de estruturação sintática, mas três. Entre eles, podemos destacar Oiticica (1952), Melo (1978) e mais recentemente, Rodrigues (2007). De fato, os estudiosos encarregados de elaborar a Nomenclatura Gramatical Brasileira teceram acalorados debates em torno da possibilidade de o processo de correlação ser autônomo em relação aos demais. Contudo, diante de inúmeras divergências, tais teóricos optaram por manter apenas os dois clássicos processos de estruturação sintática (coordenação e subordinação). Nosso trabalho visa, portanto, a investigar a adequação da proposta dos teóricos da NGB ou a premência de postularmos um tratamento diferenciado para as orações correlativas, como distintas das subordinadas e coordenadas.