UMA ANÁLISE DAS MODIFICAÇÕES AUTORAIS
EM QUEM NÃO MORRE NÃO VÊ DEUS
DE JOÃO AUGUSTO AZEVEDO

Ludmila Antunes de Jesus (UFBA)
Rosa Borges dos Santos (UFBA /UNEB)

 

Os cortes nos textos teatrais produzidos na Bahia na década de 70 incidiram no texto do autor com a finalidade impedir a disseminação de qualquer discurso que representasse uma ameaça à sociedade daquela época. Os textos atribuídos a João Augusto Azevedo, dramaturgo que produziu na Bahia durante esse período, sofreram a ação da censura em seus diferentes testemunhos. Destacam-se, aqui, os testemunhos de 1974 e de 1977 do texto teatral Quem não morre não vê Deus, ambos censurados, na tentativa de analisar, nesses textos, as marcas de modificação autoral, considerando as reformulações processadas do testemunho de 1974 ao testemunho de 1977, observando-se, sobretudo, àquelas marcas que se manifestam como conseqüência de ação do censor.