Preposições Funcionais Inerentes

Aline Aparecida de Jesus Marçal
Márcia Barreto Berg
mberg@ufsj.edu.br

 

O objetivo deste trabalho é verificar se as preposições funcionais "a, com, de, em, para, por" podem desempenhar a função de funcionais inerentes e fazer um levantamento de quais são as propriedades que essas preposições possuem.

O corpus que serviu a esse trabalho foi adquirido através dos dados da tese de BERG (2005). Analisamos apenas as preposições que integram sintagmas analisados tradicionalmente como objetos indiretos e adjuntos adverbiais. Os dados foram catalogados em seis grupos e foram classificados de acordo com suas funções: funcionais ou funcionais inerentes. Por funcionais entende-se, de acordo com BERG (2005) que são as preposições que encabeçam os argumentos lógicos acarretados pelos verbos. Já as funcionais inerentes trata-se de um grupo e preposições que parecem incorporadas ao verbo e têm como característica o fato de não ser possível trocá-las por outras. Como resultado tivemos: preposições a, com, de e por (analisamos 104 argumentos lógicos) podem ser classificadas como funcionais inerentes; preposição em (analisamos 30 argumentos lógicos) apenas 10 são apenas funiconais, as outras são funcionais inerentes; preposição para (analisamos 30 argumentos lógicos) e a grande maioria pode ser classificada como funcionais inerentes, apenas duas não podem. Com base nos resultados dos 164 dados analisados, percebemos que, dentre as preposições funcionais, a grande maioria tem a funcão de funcionais inerentes e que essas preposições são de sentido fraco.