SEMIOLOGIA DO AMOR:
NOTAS PARA UMA LEITURA
DE “FRAGMENTOS DO DISCURSO AMOROSO”,
DE ROLAND BARTHES

Rodrigo da Costa Araujo (UFF/FAFIMA)
rodricoara@uol.com.br

 

Como pensar o amor? Como escrever sobre ele? Esta comunicação pretende refletir sobre estas perguntas e sobre o processo intertextual do discurso amoroso. Para isso o foco e corpus textual será o livro “Fragmentos de um discurso amoroso”, de Roland Barthes (1915-1980). Este livro é um bom exemplo da tendência barthesiana para o “roubo da linguagem”, “carrossel de linguagens”, para a lexia, a fragmentação textual porque não se trata de uma análise do “discurso amoroso”, mas de uma enunciação, de um retrato estrutural, não existindo, portanto, a preocupação de explicar o sentido, mas de “fundar sentidos”. A leitura semiológica irá percorrer, além desse olhar, os caminhos do “prazer”, sempre na fronteira do interdito, ora mostrando o escamoteamento do “jogo da leitura” com o texto, ora esbarrando-se num Eros velado e (des)velado tanto no “jogo da enunciação” do texto, quanto no “jogo da leitura”.