Victor Cunha,
testemunha de uma Três Corações imaginada

Simone Pereira de Souza Ferreira
simone80.ferreira@yahoo.com.br

 

Diante dos mais variados estilos de época, os artistas e poetas demonstram marcas e características muito particulares que, por diversas vezes, nos relembram contextos diferentes e ao mesmo tempo dão uma nítida idéia de se tratar de um diálogo entre o passado e o presente. Por isso, a memória e o olhar de um narrador consistem em guardar a história e testemunhar no amanhã o passado que abre espaço para as recordações e saudades. Hoje, porém, a experiência vivida por um povo, ao longo dos anos, traz como bagagem a história de uma sociedade que conseguiu sobreviver a tantas mudanças e ainda consegue resguardar o passado, como sendo um dos fatores mais significativos para a construção do presente. Assim, o poeta tricordiano contemporâneo, Victor Cunha, fez de sua vida uma ligação com o passado e seu olhar saudosista nos recorda Casimiro de Abreu e Gonçalves Dias, românticos do século XIX. O posicionamento deste poeta narrador e apaixonado pelas atividades artístico culturais das Terras do Rio Verde faz dele um contador de histórias, testemunha do passado e figura-monumento da cidade.